Está cada vez mais comum
ouvir pessoas afirmando que o tempo está pequeno ou que não têm tempo para
nada! Não são raros os depoimentos de insatisfação pelo não cumprimento de
atividades que dariam prazer ou aumentariam a qualidade de vida. O que tem
ocorrido? Por que o tempo parece ficar cada vez menor?
É evidente que do ponto de
vista objetivo o tempo é o mesmo, ou seja, as ‘voltas’ dos ponteiros imperam
igualmente sobre todas as pessoas, não há mágicas ou truques que possam
interferir nessa lógica. A questão é de outra natureza: como cada pessoa
gerencia ou administra o tempo!
A despeito de todas as
análises psicológicas ou existenciais acerca dessa questão e para além das
várias possibilidades de análise, vale a pena responder a uma pergunta sobre os
vilões do tempo: Quais são as situações ‘aparentemente’ ingênuas que ‘furtam’ o
tempo das pessoas?
Parte-se, aqui, da
constatação de que as pessoas perdem muito tempo, são vítimas de armadilhas
aparentemente inocentes que lhes retiram boa parte do tempo útil todos os dias.
É claro que um
bom aproveitamento do tempo inclui momentos de lazer e até mesmo de ócio.
Ninguém precisa ficar permanentemente produzindo para ter a convicção de que
aproveita bem o tempo.
Ficar sem fazer nada; praticar tarefas não produtivas
que possibilitam o descanso da mente e do corpo; dedicar (na internet ou na TV,
por exemplo) tempo para descontração; jogar algum jogo que gera prazer; dormir
etc. pode fazer parte de estratégias que revelam uma boa gestão do tempo. Não é
analisando isoladamente uma tarefa que se conclui pelo bom ou o mau
aproveitamento do tempo.
A autoavaliação deve levar em conta a forma como
estas atividades são realizadas no dia a dia e a quantidade de tempo que se
dedica a elas. É necessário que uma criteriosa observação seja feita por cada
pessoa. Se a prática de certas atividades acarreta o atraso de tarefas
importantes, inadiáveis ou que deveriam ser realizadas naquele momento, pode
estar havendo algum tipo de inversão de valores e de furto do tempo.
Para efeito de sugestão nessa análise, vale ficar
atento a alguns vilões: as redes de relacionamento (facebook, MSN e outras) da
internet: há uma lógica implícita nessas redes que gera o risco de manter o
indivíduo ‘aprisionado’. Uma postagem leva à outra, uma pessoa leva à outra; a
curiosidade é aguçada e, sem perceber, a pessoa fica muito mais tempo do que
poderia ou deveria. Uma alternativa para isso é estabelecer, antes de entrar,
quanto tempo você pode ficar aí e ser fiel ao que estabeleceu.
Outro vilão pode ser o celular: jogos; envio e
recebimento de mensagens pouco úteis e, tantas vezes, sem conteúdos
significativos; conversas desnecessárias. Quanto tempo fica perdido aí!
Há pessoas que fazem muitas coisas ao longo do dia e
ainda têm tempo para as atividades não produtivas! É uma questão de uso
disciplinado do tempo. Geralmente, quem diz não ter tempo para nada, dedica-se demais
a atividades que poderiam/deveriam gastar menos tempo. Como você tem administrado
seu tempo?