05 agosto 2013

Qual é o limite para nos ocuparmos dos problemas ou sofrimentos das outras pessoas?

            Qual é o limite para nos ocuparmos dos problemas ou sofrimentos das outras pessoas? Esta é uma pergunta muito complexa, pois cada caso pode inspirar uma reflexão e uma resposta própria.
            De um modo geral, podemos dizer que há situações de sofrimento que decorrem de nossas próprias escolhas, mas há outras que emanam dos comportamentos de pessoas ligadas a nós, como familiares ou amigos próximos.
Podemos dizer que o ideal é que cada pessoa resolva seus próprios problemas; que cada um se acerte com as consequências das próprias ações; que todo sujeito seja autônomo na condução da própria vida.
Na prática, as coisas não acontecem bem assim. Primeiro, porque muitos problemas são, no momento em que estão ocorrendo, maiores que nossa capacidade de resolvê-los, ou seja, é razoável que no decorrer da vida enfrentemos situações que demandem apoio e ajuda de pessoas mais experientes e maduras; segundo, porque vivemos em coletividade e as circunstâncias da vida não nos afetam de modo isolado.
Podemos partir deste ponto: é legítimo que os problemas de uns afetem os outros e que haja uma corresponsabilidade para a busca de soluções para tais situações. Até certo ponto isso é aceitável e necessário para que construamos uma cultura de solidariedade.
O desconforto advém das situações que extrapolam o limite da razoabilidade estando marcadas por sinais de patologia ou da fala de real interesse pelo outro, ou seja, há pessoas que buscam as outras para resolverem problemas que dariam conta de resolver e que constituem sua exclusiva parcela de responsabilidade pela própria vida.
Ninguém pode ou deve se sentir responsável, além do limite, pelos problemas do outros. Cada pessoa é responsável por sua vida, mesmo quando se esconde por trás da fragilidade emocional ou de eventuais situações de um passado traumático. Em outras palavras, cada pessoa é autora da própria vida e da própria história, mesmo quando faz delas algo sem brilho. Justificar ou transferir para outros as razões de ser da própria vida não faz de ninguém menos responsável por tudo o que lhe acontece.
Por outro lado, há pessoas que aceitam o papel de carregarem fardos que não são delas. Às vezes por culpa; às vezes por uma falsa compreensão do lugar que ocupam na vida do outro; às vezes por acharem que desse modo estão ajudando... de qualquer modo, carregar para o outro o fardo que ele dá conta ou que é de sua exclusiva responsabilidade não  contribui com o amadurecimento, ao contrário, alimenta a imaturidade e, por vezes, conduz a níveis mais profundos de problemas e até de doenças.
Na condição de familiares (especialmente mães e pais) ou de amigos próximos, é preciso estabelecer, com clareza, o que constitui a vida e os problemas do outro e não entrar no jogo desrespeitoso ou doentio que nos envolve e seduz para carregar fardos que não são nossos. É necessário ter coragem para “forçar” o outro a crescer; é preciso ser saudável emocionalmente para dizer um basta e deixar o outro se construir autonomamente.
Quem carrega aquilo que pertence ao outro faz muito mal para si e para o outro e, por uma questão de coerência com o que dissemos acima, não pode se esquivar de assumir que é responsável por isso.

Se alguém não nos respeita impondo suas responsabilidades sobre nós; se alguém está emocionalmente frágil ou doente, não é alimentando isso que iremos ajudar, ao contrário, devemos superar a vulnerabilidade e deixar claro que cada um deve carregar aquilo que compete a si, afinal, cada um tem uma vida. Então, que cada um assuma-a.

UM ESPAÇO A MAIS!!!

Blog dedicado à partilha de informações e materiais de apoio das disciplinas que leciono e à publicação dos artigos que escrevo. Espaço virtual de democratização da busca pelo saber. "Espaço" reservado à problematização e à provocação! Um potencializador das indagações nossas de cada dia. Um Serviço!

SEJA BEM VINDA (O)!
______________________________________________

CONTATO:

Você pode entrar em contato comigo através do e-mail, por favor, identifique-se no assunto do e-mail a fim de que eu possa atender você rapidamente.

E-MAIL:
lugafap@yahoo.com.br

_________________________

CAROS AMIGAS E AMIGOS!

ESPERO E DESEJO:

QUE A ESPERANÇA SEJA NOSSA GUIA;

QUE A PERSEVERANÇA SEJA NOSSA COMPANHEIRA DE ESTRADA;

QUE O AMOR SEJA NOSSO ALIMENTO COTIDIANO;

QUE O BOM HUMOR SEJA NOSSO PAR INSEPARÁVEL NO BAILE GOSTOSO DA VIDA;

QUE OS RECOMEÇOS SEJAM SINAIS DE NOSSAS TENTATIVAS.

ARQUIVO DE ARTIGOS / POSTAGENS ANTERIORES

________________________________


PENSE, AVALIE-SE, PLANEJE...

VAMOS CONSTRUIR UM ANO CHEIO DE CONQUISTAS:

"Quem não tem jardins por dentro não planta jardins por fora e não passeia por eles" (Rubem Alves).

Invista, antes de tudo, em seus jardins interiores, para ser capaz de ver a beleza dos jardins de fora.

ESCOLHA COMO VOCÊ QUER SER:

"Existem pessoas que choram porque as rosas têm espinhos...

existem outras que dão gargalhadas porque os espinhos têm rosas" (Confúcio).

Seguidores