14 agosto 2014

A distância nos atalhos nem sempre é menor

            Em uma canção chamada "vaqueiros urbanos" o compositor Zé Geraldo afirma: "nossos filhos vão saber que a distância nos atalhos nem sempre é menor". É sobre essa ideia que se pretende refletir neste artigo.
            De um modo geral o ser humano tem uma tendência natural pela escolha de atalhos. É a lei do menor esforço. Por que gastarmos mais energia para alcançar um alvo quando é possível alcançá-lo com menor esforço? Para que andar muito se é possível chegar ao destino andando menos?
            Muitas vezes, evitar o desgaste de energia é saudável, natural e recomendável. O problema surge quando o atalho é sinônimo de tomar o caminho aparentemente mais fácil como forma de não enfrentar de modo honesto os desafios que a vida nos apresenta. Os atalhos, nesse sentido, significam a satisfação imediata de interesses ou necessidades que deveriam ser vivenciados ou alcançados de maneira mais trabalhosa ou complexa; atalho, nesse sentido, seria uma espécie de fuga mal sucedida.
            É muito comum nos depararmos com discursos favoráveis à tomada de atalhos falsos que levam seus caminhantes para longe de seus objetivos:
As campanhas publicitárias (propagandas) fomentam o consumismo irresponsável baseadas na promessa de que consumir é ser feliz: atalho; Drogas (lícitas e ilícitas) garantem que a sensação momentânea que causam é mais benéfica que os prejuízos e perdas que proporcionam: atalho; pregações religiosas mercantilizam a fé sob o pretexto de que Deus é solução manipulável, instantânea e substitutiva da ação humana: atalho; convicções pessoais garantem que o "jeitinho", o não cumprimento do dever (especialmente da lei), a corrupção em pequenas coisas, a omissão... não gerarão impactos negativos para a vida social: atalho.
As escolhas que nos eximem de responder (pagar o preço) pelas consequências do que fazemos ou nos isentam de enfrentar o inevitável representam atalhos. O bom senso nos indica que os caminhos "mágicos" nos distanciam da realidade e paradoxalmente nos conduzem para longe do alvo almejado: caminhamos com a sensação de que estamos indo na direção de nosso objetivo, mas nos afastamos dele.
O ser humano não nasceu para sofrer ou para buscar os caminhos mais difíceis, porém é inegável que a vida exige enfrentamentos sérios e disposição para arcar com os preços das escolhas que nos conduzem de modo estável aos objetivos mais significativos da existência.
Os atalhos podem ser opção por caminhar com menos eficiência na direção daquilo que realmente buscamos ou pior: por caminhar para longe ou até para o sentido contrário daquele que queremos chegar.
            Fugir de atalhos que não nos levam aos destinos que realmente buscamos é sinal de colocar em prática uma vida pautada em valores e virtudes que não promovem a satisfação rápida das vontades e interesses, mas garantem significados mais consistentes para a vida.

Ao contrário do que parece, a vida se torna mais leve para quem caminha pelas estradas que conduzem ao destino que almejam, pois os passos não são desperdiçados e o esforço é recompensado com a certeza de que estamos cada vez mais próximos do que buscamos.

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