08 abril 2015

O serviço gratuito como forma de humanização

            Cada vez mais nossa sociedade lida com preços. Tudo tem um preço! Para alguns, até mesmo as pessoas têm preço.
            Essa lógica de precificar tudo pode levar a um esvaziamento das relações e a um processo de coisificação da vida; conduz a uma inevitável sensação fragilidade e insegurança; promove o sentimento de que não podemos contar com as pessoas pelo valor intrínseco de nossa dignidade.
            A experiência do serviço nos permite superar a ideia de que a qualidade do serviço que prestamos está ligada à quantidade de dinheiro que as pessoas podem pagar direta ou indiretamente. As pessoas que entenderam e experimentam, no seu dia-a-dia, a beleza do serviço, testemunham que há ganhos superiores ao dinheiro disponíveis a alcançáveis por intermédio da relação serviçal.
            Evidentemente não se trata de defender que todo serviço tenha que ser gratuito. O pagamento por serviços é uma importante questão de justiça social e de moralidade. O que se questiona aqui é o equívoco de medir a importância das pessoas que receberão os serviços prestados pelo tanto de dinheiro que elas têm.
            Duas possibilidades são interessantes nesse contexto: a primeira é a de prestação voluntária de serviço e a segunda é a de assumir uma atitude de servidor, inclusive quando se recebe para prestar o serviço.
            A prestação voluntária de serviços não precisa necessariamente estar ligada a uma instituição ou a algum projeto, mas pode ser uma atitude livre e autônoma. A ideia é que exerçamos o serviço em nossos relacionamentos cotidianos, tanto com as pessoas mais próximas de nós como com as mais distantes. Servir pelo prazer de saber que o serviço ao outro é uma forma de humanização e de construção de uma vida melhor para nós mesmos e para as pessoas com as quais nos encontramos na estrada de nossa existência.
            O Serviço abre portas e quebra barreiras; aproxima-nos uns dos outros e permite relações menos artificiais; promove a possibilidade de entrarmos no mundo do outro e de aceitar que entrem em nosso mundo. Integra quem serve e quem é servido numa saudável relação de interdependência e de partilha, de modo que cada um contribui com algo indispensável para o crescimento e a felicidade do outro.
            Uma segunda possibilidade é praticar uma atitude de serviço, mesmo estando na condição de prestador oficial do serviço. Quem entende isso faz de sua profissão ou ofício algo que extrapola a prática burocrática das funções do cargo que exerce.
            Servidores públicos, atendentes em consultórios, secretárias de faculdades, escolas e igrejas, policiais e agentes de trânsito, professores, líderes religiosos etc. podem tornar a vida das pessoas mais suave se assumem uma atitude de servidores e extrapolam o mero cumprimento frio de suas funções.
            Ter boa vontade para contribuir com a resolução dos problemas das pessoas; considerar que do outro lado há uma vida que pode tornar-se melhor em decorrência de uma postura proativa daquele que serve; ter coragem de se sensibilizar e agir como quem ajuda a humanizar são modos eficientes de construir uma humanidade melhor.
            Seja você também um servidor! Ajude alguém! Permita-se o prazer de servir gratuitamente.

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