Estar fora da medida certa é um
fantasma que amedronta a muitos. As pessoas não gostam de ficar acima do peso.
O padrão estético que impera em nossos tempos exige uma certa magreza, contudo
não é da “gordura” física que se pretende falar nesse breve artigo, mas de
outro sobrepeso, o emocional.
Metaforicamente, há muitas pessoas pesadas do ponto de vista emocional e
psicológico; alguns sofrem até de certa obesidade
mórbida e são incapazes de movimentos bruscos porque gozam de pouquíssima
mobilidade.
Assim como o corpo precisa reter uma
quantidade adequada de energia para sobrevivência e, para ser saudável, não
pode ficar pesado demais, o sistema psicoemocional também deve ter certos
cuidados para permanecer mais leve. Somos bombardeados emocionalmente, todos os
dias, por muitos alimentos que não
nos fazem bem, por isso é indispensável que nos preocupemos com os exageros das
calorias emocionais que ingerimos,
sem cair no outro extremo, pois a desnutrição emocional geraria tantos
problemas como a obesidade.
Muitas coisas nos fazem ficar obesos
do ponto de vista emocional: muitas programações às quais assistimos na TV –
destaque para certas novelas e alguns noticiários focados em desgraças; as
mensagens que circulam pelo facebook e
WhatsApp – destaque para as pornografias e para as correntes que geram
sentimento de culpa; a forma como lidamos com a opinião das pessoas a nosso
respeito etc.
É preciso ter cuidado para que se
crie uma rotina saudável. Aquilo a que assistimos na televisão, no teatro ou no
cinema, ouvimos e vemos constituem alimento para o sistema emocional. Ora, se
nos alimentamos de muita coisa que não presta aumentamos a chance de ficarmos
gordos do ponto de vista psíquico-emocional, afinal, as “porcarias” são de
digestão mais difícil e se acumulam com facilidade.
Merece atenção especial, nesse
sentido, a educação das crianças que estão em fase de crescimento, inclusive
emocional e, por isso, estão mais vulneráveis à ingestão de alimentos
emocionais indigestos e que fazem mal.
Uma boa receita é se perguntar: isto
que estamos levando para dentro de nossa cabeça é algo que edifica ou algo que
destrói? Faz bem a médio e longo prazo ou é uma forma de atender à comodidade e
à satisfação momentâneas? Está em harmonia com nossos valores pessoais ou está
a serviço de algo que, em última análise, é diferente de nossa forma de pensar?
A medida certa emocional é uma forma
de curtir o melhor da vida e das relações com a percepção de que nem sempre
devemos escolher o que tem aparência mais atraente; às vezes precisamos
escolher o que é melhor, mesmo que menos atraente.
Sua medida emocional está adequada
para seu tamanho? Sente-se com boa mobilidade e disposição para o enfrentamento
dos desafios da vida?
Reeduque-se! Alimente-se de coisas
boas! Invista em uma boa saúde emocional!