30 dezembro 2015

Política e dinheiro: relações perigosas

                Para deixar de ser governado por certas oligarquias (se é que isso aconteceu de fato!) o Brasil precisou estabelecer a ideia de que o dinheiro não poderia ser usado para fazer política, ou falando de outro modo, a política não poderia servir somente aos detentores do dinheiro, mas deveria comprometer-se com outros valores e objetivos.
                Usar o dinheiro para fazer política não é visto com bons olhos nos regimes democráticos, pois os interesses financistas levam o Estado e a classe política para rumos diferentes daqueles que interessam os cidadãos. A utilização de dinheiro para fazer política é vista pelos donos do capital como investimento que gerará, no momento oportuno, lucros exorbitantes.
                Quando o sistema jurídico-político não consegue estabelecer critérios claros, fiscalização rígida e eficiente que impeçam o uso do dinheiro no campo da política, assistimos a uma inversão catastrófica: passa-se a usar a política para fazer dinheiro. O que é, afinal, pior: usar dinheiro para fazer política ou usar a política para fazer dinheiro?
                O trocadilho não pretende ser demasiado lógico, ao contrário, deseja nos permitir refletir acerca da inevitável relação das duas situações. O ciclo é, evidentemente, vicioso, mas precisamos perceber os malefícios que provoca, afinal, atrelar os ideais e sonhos políticos de uma nação aos interesses do dinheiro é sinônimo de transformar em mercadoria os valores e anseios que garantem sentido à vida.
                O que temos visto no Brasil é a utilização da política como principal forma de fazer dinheiro. Com raríssimas exceções, os políticos brasileiros ocupam cargos públicos com objetivo de aumentarem seus patrimônios, de tornarem-se mais ricos e terem mais recursos pecuniários para gastarem nas próximas campanhas eleitorais. Ser político é estar mais próximo dos mecanismos capazes de fazer com que se consiga ganhar mais dinheiro, ainda que tais mecanismos sejam sórdidos, iligais, imorais e completamente distantes dos interesses republicanos e democráticos.
                A política usada para fazer dinheiro, no sentido que estamos utilizando aqui, é uma forma de neutralizar o verdadeiro sentido da política. É um modo de fechar os olhos para a necessidade de tornarmos a sociedade um lugar adequado e confortável para o maior número possível de pessoas. É contraditório e eticamente inaceitável.

                É fundamental que fiquemos atentos a fim de não contribuirmos com essas práticas. É necessário pensarmos nas estratégias que alimentam o ciclo vicioso entre política e dinheiro: reeleições, dinheiro de empresas particulares para campanhas políticas, profissionais da política etc. enquanto o dinheiro estiver sendo usado para fazer política, a política será usada para fazer dinheiro. Essa é uma consequência praticamente inevitável.          

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