18 abril 2019

Buraco negro: será que cada um tem um para chamar de seu?


A ciência fotografou no mês de Abril/2019, por intermédio de um satélite, um buraco negro. O cientista Albert Einstein já havia previsto, por meio de cálculos matemáticos, a existência de tais buracos, mas é a primeira vez que se consegue provar.
As medidas do buraco negro fotografado são gigantescas: vinte e sete mil vezes maior que o sol; trinta e oito bilhões de quilômetros de diâmetro, situado a trinta e quatro bilhões de anos-luz da terra! Proporções e dimensões inimagináveis para quem não lida cotidianamente com a astrofísica.
O buraco negro é capaz de engolir tudo o que se aproxima dele: planetas, poeira cósmica, gazes e até a luz, por isso são chamados de negros, designando a escuridão absoluta que caracteriza estes buracos.
Aproveitando esta importante descoberta da ciência para refletir um pouco, é possível, metaforicamente, perguntar: será que dentro das pessoas pode existir algum “buraco negro”? Será que nas relações interpessoais há “buracos” capazes de engolir tudo, até a luz?
Há atitudes que são capazes de engolir qualquer coisa que se aproxima delas. Há o risco de cultivarmos, dentro de nós, buracos assustadores e vorazes. Entre outras possibilidades sugiro refletir sobre duas situações.
A primeira é o pessimismo, entendido como a convicção de que as coisas tendem a dar errado; que o pior sobressairá ao melhor; que o negativo vencerá – inevitavelmente – o positivo. O pessimismo possui força para destruir os sinais de luz e de esperança que teimam aparecer na vida individual e comunitária/coletiva. É forte o suficiente para engolir inciativas capazes de transformar a realidade para melhor.
A segunda possibilidade é o preconceito, compreendido como a certeza com relação a temas que desconhecemos de verdade. O preconceito deixa o preconceituoso acomodado e com a sensação de superioridade com relação aos assuntos e pessoas que desconhece, mas acredita conhecer; mata a possibilidade de evolução de quem é preconceituoso e sufoca a chance de aperfeiçoamento; o preconceito escurece tudo à sua volta; engole o respeito autêntico com relação às pessoas; cria uma falsa sensação de normalidade ao considerar as diferenças como poeira que pode ser sugada e desaparecer.
Com relação aos buracos negros presentes no universo não há nada que possamos fazer. Eles continuarão engolindo tudo o que se aproximar deles. Mas com relação aos buracos presentes dentro de nós há o que fazer. Primeiro é necessário tomar consciência da existência de tais buracos dentro de nós. Sem assumir isso com seriedade não é possível dar outros passos. Depois devemos buscar com honestidade a mudança. A luta honesta (às vezes com ajuda profissional!) é condição para eliminar ou controlar a força que certo buraco negro exerce sobre nós. Os buracos negros que temos dentro de nós não sumirão sozinhos. Temos que agir! Que tal começar?

Por onde começar a mudança?


A palavra mudança não sai da moda! Frequentemente falamos e ouvimos as pessoas falarem da importância de mudar alguma coisa. Há expectativas de mudança na sociedade, na família, na moral, no direito, nos padrões sociais, na política. Sempre se ouve dizer da necessidade ou da importância das mudanças.
As pessoas ignoram, muitas vezes, por onde as mudanças devem começar. Desejam as mudanças, mas dirigem seus olhares e suas ações (quando chegam a agir!) para a direção errada, pois não identificam o ponto de partida mais eficiente para o início das principais mudanças: o próprio umbigo.
Muitas vezes os discursos roubam a cena e interceptam a possibilidade real de mudanças. Neste aspecto, os discursos são muito traiçoeiros porque criam a falsa sensação de movimento ou de ação, embora muitas vezes não fazem outra coisa senão mascarar a inércia e a resistência à mudança de quem os profere. As mudanças não podem se limitar aos discursos, ao contrário, devem alcançar a prática.
A questão então é compreender que mudar exige ação, mas ação que começa no ponto de partida certo, se direciona para o alvo certo e acontece com relação às questões que estão sob a governabilidade de quem fala de mudança.
Começar do ponto de partida certo tem a ver, na maior parte dos casos, com começar a partir de si. Na verdade não e muito eficiente desejar e falar da mudança que os outros precisam fazer. As mudanças mais significativas para vida de cada pessoa nascem delas mesmas, não dos outros.
As mudanças se direcionam para o alvo certo quando temos clareza daquilo que deve ser alterado concretamente com a mudança realizada, ou seja, ter consciência clara daquilo que se pretende alcançar é fundamental para efetivar o que se pretende mudar. Não ter clareza do destino gera riscos graves de se tomar destinos equivocados.
Por fim, é preciso verificar se as mudanças que desejamos estão sob nossa governabilidade, ou seja, se dependem de nós! Muita gente sabe de onde partir, sabe onde almeja chegar com alguma mudança, mas se esquece de se perguntar se aquela mudança depende dela ou se depende dos outros. Geralmente não é possível mudar aquilo que depende dos outros.
Quando não partimos do ponto certo; quando não sabemos onde desejamos chegar ou quando as mudanças sonhadas dependem dos outros, há inevitáveis frustrações e sensação de impotência, por isso é interessante olhar para dentro e fazer nascer do nosso íntimo as mudanças mais importantes para o mundo à nossa volta.
Quando mudamos de dentro para fora, ainda que não mudemos o mundo, ocorrerá sempre a sensação de dever cumprido e até de felicidade!  

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