Qual é a melhor forma de nos avaliarmos e de avaliarmos as
outras pessoas? Que critérios devem ser utilizados para analisar se alguém é
competente em determinada área ou atividade?
A sociedade desenvolve critérios que julgam e enquadram as
pessoas em padrões. Muitas vezes estes padrões se tornam rótulos que oprimem e
diminuem as pessoas que não se adequam a eles. A boa notícia é que há mais a se
considerar!
As potencialidades humanas não cabem dentro de padrões,
por mais amplos que sejam, por isso é necessário adotar critérios flexíveis quando
se vai avaliar pessoas, especialmente quando tal avaliação implica definir se
as pessoas são boas ou ruins a partir do que fazem.
Entre as várias possibilidades e debates sobre este tema,
duas ideias são bastante interessantes: cada pessoa possui sua própria aptidão
(ou vocação); não é possível avaliar as pessoas com os mesmos critérios.
Primeiro destacamos a importância de considerar a
individualidade de cada pessoa quando vamos fazer qualquer tipo de avaliação
(ou quando vamos fazer uma autoavaliação!). Cada pessoa traz consigo
características próprias, por isso, uma coisa que é fácil para alguém pode ser
muito difícil para outra pessoa. É importante ter sensibilidade para levar isso
em conta, senão corremos o risco de achar que uma pessoa é ruim naquilo que faz
porque realiza com menos brilhantismo e naturalidade determinada tarefa.
Em segundo lugar precisamos usar os critérios certos para
avaliar as pessoas ou nós mesmos. O uso do mesmo critério para todas as pessoas
cria processos de massacre e desumanização. A utilização de uma prova de
matemática para avaliar alguém que se destaca em português gerará um resultado
frágil ou equivocado.
Juntando os dois pontos apresentados acima, podemos
encaminhar algumas conclusões: 1) cada pessoa tem habilidades diferentes ou, em
outras palavras, cada pessoa possui um tipo diferente de inteligência; 2) é
necessário ter sensibilidade para julgar as pessoas a partir das melhores
habilidades que elas possuem; 3) é mais humano e respeitoso avaliar as pessoas
a partir daquilo que elas têm de melhor e não a partir das dificuldades.
Concluindo com um exemplo: se você pedir a um peixe e a um
macaco para subir em uma árvore, com toda certeza ficará convencido que o
macaco é mais inteligente e qualificado que o peixes, mas se pedir aos dois para
atravessar um largo rio, se convencerá de outra coisa.
Cada pessoa é boa em alguma coisa diferente. Compreender,
respeitar e considerar permite extrair o melhor de cada um. Tem gente que tem
muita facilidade para nadar, mas não consegue subir em árvores!