01 dezembro 2014

Festividades natalinas: a humanidade em foco

A chegada do Natal, 25 de Dezembro, tem o poder de sensibilizar os corações e de deixar muitas emoções afloradas. Presentes, encontros, pedidos de perdão... vontade de recomeçar e de ser melhor... grandes expectativas!
A proposta desse artigo é pensar na humanidade a partir da representação simbólica que Jesus, o aniversariante, pode significar para nós. Não se trata de uma abordagem teológica, tão pouco cristológica, ao contrário, o foco é a humanidade e não a divindade de Jesus, pois a  celebração do natal (ou se você preferir, a comemoração do natal) traz inevitavelmente à tona, a relembrança da história de um homem que marcou decisivamente a história do mundo por ter proposto uma leitura das relações humanas de modo radicalmente diferente de tudo aquilo que existia até então. Do ponto de vista antropológico e humano, ou seja, sem priorizar a fé como instrumento de interpretação, que implicações tem o nascimento desse homem para nós hoje?
O nascimento de Jesus pode nos fazer pensar na importância da dignidade humana. Na simplicidade e na fragilidade de uma vida humana recém-nascida, esconde-se um grande mistério: a humanidade inteira está presente na pequena e indefesa vida que desabrocha para o mundo e precisa de amparo para crescer e desenvolver. Nesse sentido somos cúmplices no cuidado com a vida humana e isso implica em nos sentirmos responsáveis pela preservação dessa vida e da dignidade presente nela. Nossas ações precisam preservar a vida e a dignidade, a fim de contribuir com a exaltação da humanidade, afinal, a mesma humanidade (essência!) está presente em todos.
O contexto do nascimento do aniversariante em questão, nos faz lembrar também das diversas condições de vulnerabilidade nas quais nascem e vivem diversas pessoas. A rigor, podemos dizer que o humano é vulnerável por essência, mas há situações de vulnerabilidade que precisam ser denunciadas e convertidas, pois fazem perecer a dignidade e a vida. As crianças precisam de carinho e amor (antes de presentes de natal); os idosos demandam paciência e cuidado; as mulheres são dignas de tratamento respeitoso; os trabalhadores fazem jus a seus direitos; as pessoas precisam de acesso à moradia, comida, água tratada, atendimento médico, remédios etc. Aquele bebê nasceu em condições vulneráveis e, ao lembrarmo-nos de seu nascimento, precisamos combater as precariedades à nossa volta, independentemente de termos fé ou não na divindade, pois as mencionadas condições de vulnerabilidade afetam a humanidade, antes de ofenderem à divindade.
Por fim, o cenário do nascimento daquela criança pode nos fazer refletir acerca do permanente e do transitório. Há coisas que indicam a essência; há outras que, embora interessantes ou até importantes, podem não existir sem comprometer a dignidade e a vida. O afeto, o cuidado e o calor humano são permanentes; a marca dos presentes, o glamour da “maternidade” e as formalidades são transitórios. Se for possível ter o transitório, tudo bem, mas não temos direito de negar o que permanece por não termos condições de oferecer o que é passageiro, ou seja, as relações humanas, simbologia do que permanece, é algo que todos são capazes de oferecer e receber.
Celebrar ou comemorar o natal é, portanto, se ocupar do cuidado com a dignidade humana que se encontra ferida em nós mesmos ou em pessoas próximas de nós; é perceber situações vulneráveis que ferem a vida e lutar contra elas; é optar por aquilo que o tempo e a ferrugem não são capazes de corroer. FELIZ NATAL!

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