29 abril 2016

Pela defesa do direito de desiludir

            A ilusão, entendida como certeza de que há o melhor no outro, desempenha importante papel na vida das pessoas. Sujeitos iludidos mantêm viva a esperança e acreditam que as pessoas, famílias e instituições estarão sempre praticando e ofertando o que existe de melhor. Definitivamente a ilusão representa um papel importante na gestão e coesão sociais.
            De certo modo somos seres de ilusão. Iludimo-nos com familiares e nutrimos a certeza de que jamais nos decepcionarão; iludimo-nos com as religiões e seus líderes certos de que são exímios cumpridores da moral e da doutrina que pregam; iludimo-nos com os políticos e seus partidos na certeza de que são justos e reais defensores das ideologias propagadas por seus discursos. Gostamos, e talvez dependamos, dessas estratégias ilusionistas para nos sentirmos mais seguros.
            Mas é preciso lembrar-se da legitimidade do direito de desilusão. Todos têm o direito de desiludir com todo e qualquer projeto, ainda que essa desilusão não deva ser tão duradoura, precisa ser vivenciada com naturalidade.
            O direito de desilusão decorre da existência inevitável das contradições que perpassam as realidades humanas. Não é possível imaginar qualquer construção racional-cultural humana que não traga consigo algumas contradições.
            Das contradições nascem as decepções e, consequentemente, as desilusões. Somente uma realidade plenamente perfeita não estaria marcada por antíteses, decepções e desilusões, de modo que desiludir-se constitui marca da vida, sendo inevitável.
            À sociedade, digo melhor, às pessoas, compete respeitar o direito humano da desilusão, pois cada pessoa, a seu tempo e a seu modo, por seu próprio motivo, irá passar igualmente por processo similar de desilusão, logo, nesse aspecto somos todos muito iguais.
            Quando uma pessoa ou um grupo passa adequadamente pelo processo de desilusão e vivencia comedidamente seu luto, fica preparada para construir novos processos ilusórios; fica apta para re-iludir-se! Iludir-se com novas promessas e possibilidades...

Reconstruir uma boa ilusão requer exercer o livre direito da desilusão.  

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