Olá!
Espero que tudo esteja bem com você!
Nossa mente é um sistema complexo e muito
inteligente. Possui excelentes recursos de armazenamento de informações,
inclusive informações que não lembramos, ou seja, não temos consciência delas.
Muitas das nossas ações são ‘automáticas’ e isso
acontece para que o cérebro economize energia, afinal, é ele, o cérebro quem
mais consome energia do corpo, assim, para não gastar com todas as nossas ações,
desenvolve a habilidade de fazer coisas de forma automática. Ninguém precisa
fazer, por exemplo, o raciocínio completo quando vai amarrar o cadarço do
tênis, ao contrário, abaixa e faz o laço.
Nosso sistema psíquico registra tanto práticas dos
afazeres cotidianos (amarrar o cadarço, escovar os dentes, lavar as mãos etc.)
como valores e conceitos que orientam nossas ações e sentimentos, nos levando a
comportamentos automáticos sem que, muitas vezes, percebamos que algumas
atitudes refletem crenças enraizadas em nossa mente, na parte subconsciente de
nossa estrutura psíquica.
Segundo alguns estudos, muitas vezes agimos motivados
por crenças, valores e conceitos sem ter a menor noção de que estão dentro de
nós, mas a boa notícia é que não estamos determinados ou condenados a cultivar
eternamente aquelas motivações inconscientes que nos fazem mal ou nos impedem
de ser felizes. É possível ressignificar, reelaborar ou trocar conceitos velhos
e maléficos por conceitos novos e benéficos.
O ponto de partida é o cultivo do autoconhecimento. A
felicidade passa, entre outras coisas, pelo conhecimento cada vez mais profundo
e detalhado de si. Sócrates já alertava para o fato de que a verdadeira
felicidade consiste no conhecimento e no ‘controle’ dos inimigos que estão
dentro de cada um. É necessário perguntar sobre si e sobre as reais razões que
fazem com que certas ações e sentimentos estão acontecendo consigo; é preciso
estar sempre atento e aberto ao autoconhecimento!
O segundo passo para a mudança é a busca de nomeação
do sentimento, crença ou conceito que possui força para gerar comportamentos
automáticos, sofrimento e dor. É preciso identificar, de forma concreta e
clara, o que nos condiciona a sentir ou agir de uma maneira que faz mal. Sem
dar nome aos ‘monstros’ que ameaçam é difícil (impossível!) vencê-los.
Por fim, o terceiro passo é colocar uma crença nova,
um conceito novo no lugar daquele que é ruim e faz mal. Substituir uma velha motivação
por algo arejado e novo é capaz de fazer com que o cérebro apresente novas
respostas automáticas, deixando de lado os comportamentos que geram sofrimento.
Acredite em você. É possível fazer muitas coisas sem
ajuda de qualquer pessoa ou profissional, mas a decisão (e o primeiro passo) é
sempre pessoal e individual; enquanto um conceito ruim não for substituído por
outro, permanecerá válido e atuante; continuará produzindo respostas
automáticas ruins.