24 fevereiro 2016

Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta

            As mudanças que a vida precisa não acontecem somente com o emprego da fé; demandam ações, movimentos, lutas. Por isso a frase que dá título a esse artigo, retirada de uma música “Até quando” de Gabriel O Pensador, pode motivar-nos a posicionamentos mais enérgicos diante de diversos aspectos de nossa realidade.
            Estamos tratando do histórico desafio de alinhar teoria e prática; fé e ação. Para simplificar, trata-se de associar teoria-fé com prática-ação. É importante que nossa prática-ação reflita nossa teoria-fé a fim de que sejam promovidas as mudanças necessárias para a vida.
            Não basta saber o que é o certo a ser feito se não colocamos em prática aquilo que está ao nosso alcance; não adianta ter fé se não agimos dentro daquilo que nos é acessível. As teorias devem provocar práticas compatíveis com elas; a fé deve potencializar as ações que materializam seus conteúdos.
            Mas é preciso tomar cuidado, pois a fé e a teoria, sem as ações e práticas que as devem acompanhar, são mais fáceis e atraentes; exigem pouco de nós e podem gerar a sensação de que fizemos nossa parte. Pior: criam a falsa impressão de que não somos responsáveis pela execução de certa tarefa. Há riscos reais de ficarmos satisfeitos demais com as empolgações geradas pela fé e pelas teorias e isso nos paralisar ao invés de estimular à realização daquilo que depende de nosso agir concreto. As mudanças não caem do céu, são construídas por mãos humanas que decidem fazer o que precisa ser feito.
            Rezar para que os filhos sejam educados e tementes a Deus; conhecer teorias sobre relacionamentos interpessoais não faz, por si só dos filhos, as pessoas que queremos que sejam. É indispensável que se pratique no cotidiano os valores e critérios capazes de transformar as preces e teorias em experiências vivenciadas pelas crianças.
            Conhecer as teorias sobre a importância de exercícios físicos; ter fé de que Deus poderá realizar obras maravilhosas na vida; saber que não é saudável que adultos e crianças passem muito tempo em contato com eletrônicos; estar convencido da validade de ser voluntário ou de participar de alguma atividade comunitária, estudar sobe educação saudável etc. são características que estão no campo da fé-teoria. De modo geral, essas verdades se realizam quando damos passos, ou melhor, o primeiro passo.
            Uma das características marcantes de quem consegue alcançar êxito é a capacidade de começar, de garantir que os sonhos e ideais sejam iniciados e perseguidos com persistência. É preciso começar... sair da inércia e agir... harmonizar ações e idéias. Isso é transformador, afinal, “não adianta olhar pro céu com tanta fé e pouca luta”. Lutar significa colocar a mão na massa! Agir! Fazer sua parte no aqui e agora da vida!

            Que ideais você pode começar a concretizar em sua vida hoje? 

13 fevereiro 2016

Campanha da Fraternidade Ecumênica - 2016: Casa comum, nossa responsabilidade


Casa comum, nossa responsabilidade
            A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 – CFE-16 – promove amplo debate sobre saneamento básico, partindo do referencial ético de que a vida deve ser cuidada em todos os seus aspectos.
            Motivada pelo versículo do profeta Amós, a CFE-16 atualiza a esperança de “ver o direito como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (5, 24) e aponta para a função social da fé cristã (que não pode ficar restrita a cultos e templos) conclamando a sociedade a se responsabilizar pela Casa Comum.
            Segundo o texto-base da Campanha, é necessário “instaurar processos de diálogo que contribuam para a reflexão crítica dos modelos de desenvolvimento que têm orientado a política e a economia” (8), isto é, o debate específico sobre o problema do saneamento básico busca enfrentar o paradigma desenvolvimentista que, para satisfação do consumo e do lucro, tem levado Nossa Casa à exaustão.
            Os enfrentamentos dos problemas mexem com as competências do Estado, da sociedade civil e dos indivíduos. Não há como buscarmos saídas razoáveis sem que todos assumam suas parcelas de responsabilidades.
            Ao Estado, compete promover programas de infra-estrutura (em sentido amplo) capazes de garantir qualidade de vida para as pessoas: água potável de qualidade, tratamento e destinação do esgoto, manejo adequado e sustentável dos resíduos sólidos, limpeza urbana eficiente, combate e controle dos meios transmissores de doenças, drenagem e utilização viável de águas pluviais... entendendo que “a implantação do saneamento básico torna-se essencial à vida humana e à proteção ambiental” (34).
            À sociedade civil, cabe tomar consciência dos temas que envolvem saneamento básico, conhecer as legislações pertinentes ao assunto, organizar-se para cobrar do Estado que cumpra seus deveres, promover debates que ajudem as pessoas à perceber a necessidade de refazer suas opiniões e ações, investir em estratégias de educação que despertem comportamentos baseados em um novo paradigma... termos “a responsabilidade, enquanto cidadãos e cidadãs, de cuidarmos do espaço onde moramos...” (54).
            Às pessoas, no plano individual e familiar, destinam-se as mais importantes ações, pois é na família, na escola, nas relações interpessoais mais próximas que se aprendem os valores que precisam nortear as novas ações; assim, é urgente praticar e ensinar que o lixo deve ser colocado na lixeira e jamais jogado no chão, os banhos devem ser rápidos e os dentes escovados com a torneira fechada, que o consumismo alimenta uma lógica que tortura o planeta em nome do lucro, os bens coletivos devem ser tratados com cuidado e respeito, que devemos participar das discussões de interesse coletivo, a corrupção é eticamente absurda... enfim, que “cada indivíduo deve fazer a sua parte” (25).
            Somos convidados a sair da comodidade e a permitir que esse tema nos sensibilize. Abrir nosso coração e nosso intelecto para sentir e perceber que somos co-responsáveis pelo cuidado com a Casa Comum. Não há lugares para fugas, as distâncias são aparentes; estamos todos no mesmo ambiente. É preciso mudar (converter, convergir!) o rumo; é necessário ser, aqui e agora, diferente do que fomos. Devemos cuidar já da “Casa Comum, nossa responsabilidade” para vermos “correr a justiça qual riacho que não seca”.




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