O ser humano constrói uma história
evolutiva. Não há dúvidas que somos hoje mais desenvolvidos que nossos
antepassados. Muitas vezes esse processo ocorre à custa de valores que jamais
deveriam ser relativizados, mas não é esse o ponto que iremos abordar.
Nosso objetivo nessa breve reflexão
é levantar questões acerca do modo como nossa inteligência é tratada por certos
controladores de opinião de massa, em especial certo tipo de programa que
explora a curiosidade, inverte a lógica entre o público e o privado e faz com
que transformemos uma realidade fictícia e artificial em principal tema de
nossas conversas.
Quando paramos diante de uma
televisão e acompanhamos atentos aos conflitos vividos por pessoas confinadas
em um ambiente insalubre, precisamos desenvolver a capacidade de ir além
daquilo que vemos e ouvimos; devemos amadurecer nosso conceito de descontração
e entretenimento para não sermos tratados como infantis e irracionais.
Por trás dos majestosos conflitos
que presenciamos nesses programas, existem “mentes brilhantes” (entre aspas
mesmo!) encarregadas em criar situações que geram ou potencializam os embates;
aquilo que conseguimos assistir, principalmente na TV aberta, é fruto de
exaustivo trabalho de edição capaz de nos fazer conversar, pensar e concluir o
que for mais conveniente para quem esta no controle do programa.
A lógica dessas propostas é
traiçoeira, pois desrespeita a capacidade humana usando um discurso atraente e
aparentemente válido: Dizem que o telespectador é quem decide, basta votar! O
voto custa uma pechincha, não faz grande diferença no bolso do telespectador.
Mas a soma desses centavos faz boa diferença no bolso de quem a recebe. O
telespectador paga para ser exposto sob a alegação de que esta decidindo.
Para complementar a tragédia e dar a
sensação de que o telespectador é inteligente e está sendo tratado com
respeito, há sempre alguém que cumpre o papel de intelectual ou de cientista e
apresenta uma pseudo-reflexão. Geralmente trata de uma abordagem gostosa de ser
ouvida para que todos se sintam alimentados culturalmente. Um olhar atento vê
logo a incompatibilidade entre esses discursos bonitos e as cenas que eles
tentam ilustrar.
Mas o que tudo isso tem a ver com a
ideia de evolução trazida no início?
Ora, esses programas desconsideram a
evolução humana e tratam as pessoas como subdesenvolvidas racional e
emocionalmente; levam à perpetuação de futilidades; estimulam a não percepção
das reais circunstâncias do povo que é manipulado por eles; consideram, enfim,
o ser humano como marionete.
Como as perguntas são capazes de nos
fazer evoluir, retirando-nos das trevas e nos levando à luz, devemos ousar
algumas interrogações:
Quem
mais ganha com esse tipo de programa: os participantes, a emissora de TV, os
patrocinadores ou o telespectador? Aliás, o que realmente ganha o telespectador
quando fica absorvido (viciado em alguns casos!) pelas notícias desses
programas?
As provas, jogos e brincadeiras
apresentados aos participantes possuem algum tipo de segunda intenção ou tudo o
que pretendem se encerra no que é visto e falado?
Será mesmo o telespectador quem
decide as questões cruciais do programa ou ele não passa de uma peça importante
na arquitetura de um lucrativo projeto financista?
O telespectador é tratado como
pessoa inteligente ou é considerado um fofoqueiro que gosta de espiar o que os
outros fazem dentro de casa? Espiar a vida alheia é uma virtude ou um vício?
Qual é a real importância de saber o
que um grupo de pessoas interessadas em autopromoção está fazendo dentro de uma
casa?
Essa prática de expor pessoas a
situações ridículas e sofríveis é o que queremos para nossa sociedade? Mais que
isso, será que concordamos coma as experiências de torturas praticadas nesses
jogos?
Que valores estão em jogo nesses
programas? Queremos fazer parte de uma sociedade que aplaude os que fazem
qualquer coisa pelo dinheiro ou pela fama?
É bom pensarmos um pouco para não
colaborarmos com aquilo que não concordamos e não sermos cúmplices das posturas
que ignoram a capacidade evolutiva do ser humano. Os “centavos” que são
insignificantes para nós individualmente, podem se transformar em poderosos
recursos investidos contra nossos valores e contra nossa dignidade.
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