23 janeiro 2013

A Conversão de Paulo: um convite ao testemunho coerente



          A liturgia da Igreja, no dia 25 de Janeiro, nos propõe refletir e rezar em torno da Conversão de Paulo: uma oportunidade especial para alimentarmos nossa fé e conversão permanente.
          Saulo (nome de Paulo antes da Conversão) seguia para Damasco com o objetivo de perseguir os cristãos; já próximo à entrada da cidade, misteriosas ocorrências mudam completamente sua vida e fazem dele um dos maiores defensores e propagadores da Fé Cristã (Atos dos Apóstolos 9, 1-25).
          De modo livre e despretensioso, desse intrigante evento da Conversão de São Paulo, podemos extrair alguns apontamentos que nos auxiliam em nossas reflexões.
          O primeiro está vinculado à coerência de Paulo. A vida desse apóstolo demonstra com muita clareza que ele não assume sua religiosidade pela metade. Tanto na condição de Judeu, como no testemunho da fé cristã, Paulo está todo inteiro. Não foi meio judeu ou meio cristão.
          Paulo se envolvia com sua Religião; participava ativamente dos desafios; transformava a fé que professava em testemunho e luta. Não foi um judeu omisso nem um cristão morno. Nas duas experiências demonstrou disponibilidade, vigor e coragem para o serviço.
          Outro ponto interessante vincula-se à natureza da conversão – mudança de rumo. A conversão pressupõe a mudança de sentido, que ocorre mediante a consciência de que se caminha para o lado errado. Paulo tinha clareza do rumo de sua caminhada antes de convergir/converter: era um obstinado defensor do judaísmo, portanto, sabia quais eram as consequências e implicações das escolhas que fazia e foi mediante o confronto entre duas possibilidades que ele toma outro Caminho.
          Ao identificar o equívoco no sentido da viagem que fazia, ou seja, ao se dar conta de que suas escolhas o distanciavam de seus maiores anseios, Paulo assume os riscos de tomar o Caminho certo e arca com os obstáculos dessa radical decisão: torna-se cristão e passa a responder corajosamente pelos ideais da fé pronunciada por Jesus. É bom realçarmos que Paulo converteu-se e continuou em atividade, jamais parou.
          Um terceiro ponto que pode motivar nossa reflexão é a sensação de confusão e cegueira que toma conta de Paulo após tomar consciência dos acontecimentos que o envolvem. Paulo fica cego, é conduzido para dentro da cidade e é encontrado, posteriormente, orando a Deus.
          Toda conversão supõe dor e perdas. Ao descobrir que estava desenvolvendo atividades inadequadas Paulo perde, momentaneamente, a capacidade de ver o caminho certo para onde seguir. Precisa de ajuda, primeiro das pessoas, depois do próprio Senhor, a quem busca na Oração.
          Mesmo sem conseguir entender muito bem o que está ocorrendo com ele, Paulo é capaz de permitir-se conduzir e, mais que isso, mantém-se numa atitude de oração e de súplica: Manifestos desejos da companhia do Senhor.
          A conversão de São Paulo é um paradigma que podemos usar para pensar e refletir sobre as diversas conversões que precisamos fazer todos os dias em nossas vidas. Todo cristão está sempre exercitando a capacidade de conversão/convergência. Às vezes acerca de pontos mais graves e sérios, outras vezes em relação a questões mais simples, porém não menos importantes.
          Iluminados pelos bons exemplos da conversão de Paulo, podemos nos perguntar: Como tem andado nossa lealdade à Religião que professamos? Como temos nos comportado quando tomamos consciência de que precisamos abandonar certas altitudes que nos distanciam do Caminho do Senhor? Até que ponto temos permitido que a Comunidade e o próprio Senhor nos conduza no Caminho?
          Deus contou com a conversão de Paulo para marcar a história do cristianismo e conta com nossa permanente conversão para continuar fazendo seu Reino acontecer. Convertamo-nos!

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