01 fevereiro 2014

É preciso mudar para manter a essência

            A corrida da história nos coloca, cotidianamente, diante de uma diversidade de caminhos, alguns dos quais representam um distanciamento dos principais valores e objetivos que temos, outros, porém, indicam e levam ao alcance de nossas metas, além de favorecerem o cultivo de nossa essência. É necessário que saibamos nos perguntar sobre tais destinos, a fim de termos uma vida mais suave.
            O dinamismo é um modo eficiente para tratar com as encruzilhadas da vida. A pessoa dinâmica desenvolve condições para lidar com a diversidade e com as adversidades. A vida é dinâmica; a mudança é uma constante, por isso nós também precisamos mudar para não ficarmos anacrônicos.
            Quem não muda fica fora do compasso; perde o ritmo, sai do tom. A estagnação existencial gera a incompatibilidade entre o sujeito e as circunstâncias. A falta de flexibilidade inibi a visão de mundo e leva a pessoa a não perceber-se como parte de um processo complexo.
            Por outro lado, desde os antigos, existe o receio de aceitar a mutabilidade como única regra da existência, ou seja, o devir constante cria uma insuportável insegurança e conduz à inacessibilidade da essência do ser, logo, a saída é compreender que há algo que não muda e algo que muda; há uma dimensão do ente que precisa permanecer e outra que precisa mudar.
            O que não muda pode ser chamado de identidade, de essência, de núcleo da pessoa ou ser e pode ser definido, superficialmente, como o conjunto de características que permitem identificar a pessoa como sendo quem ela é; são os elementos que fazem de cada pessoa alguém diferente das demais.
            Quanto à essência, o ideal é que cada um busque conhecer-se o suficiente para perceber aqueles pontos que constituem o núcleo de seu ser. Em relação a esses aspectos, deve haver um cuidado especial a fim de que a pessoa viva de modo coerente e estável.
            Para haver boa relação entre o imutável e o mutável, entre outras coisas, é fundamental que exista equilíbrio: mudar naqueles aspectos que nos colocam de frente com os avanços ou retrocessos típicos da história (pessoal ou coletiva) e manter fidelidade (a nós mesmos e aos outros) frente aos pontos que desafiam nossa identidade, nossos valores, nossa essência. Portanto, para permanecermos os mesmos precisamos mudar e devemos mudar para conseguirmos permanecer.
            Fazendo jus a dois grandes Filósofos Antigos (Heráclito e Parmênides), um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio; mas para tomar banho outras vezes, necessariamente, há algo de permanente tanto no homem, como no rio.

            Podemos nos perguntar: que elementos são constitutivos de nossa essência? Quais são os valores e princípios que por estarem gravados em nosso ser, não podemos ignorar? E ainda: em que precisamos mudar? Quais são os comportamentos que devemos alterar para nos relacionarmos melhor com as pessoas e com o mundo?

Um comentário:

Unknown disse...

Realmente, pessoas no afã de acompanharem as frequentes mudanças ocorridas no meio em que vivem, acabam se divorciando de seu eu, de seus valores, despersonalizam-se, tornando-se repetidoras daquilo que lhe é incutido, vindo de fora. Não pensam, pois este exercício, para quem não tem arcabouço existencial próprio, é incômodo e dolorido.

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