05 fevereiro 2015

Consumo: o necessário e o supérfluo

            Estamos ouvindo dizer da necessidade de reajustes nas contas públicas; os governos estão prometendo gastar menos e melhor; a população está ansiosa por serviços de educação, segurança e saúde de melhor qualidade; os economistas alertam para a necessidade de boa gestão dos recursos. Não é novidade: O Brasil precisa tomar algumas providências para retomar os rumos e reencontrar a estabilidade.
            Tendo como princípio a noção de que o mundo é um sistema ou rede no qual todas as realidades estão interligadas e são interdependentes, é muito importante que cada um avalie os impactos que as mudanças mencionadas precisam gerar em sua vida e no contexto de sua família, pois não podemos cometer o equívoco de imaginar que os problemas não têm a ver conosco, ao contrário, cada um, querendo ou não, arca com sua parcela, paga seu preço nos momentos de crise e de reordenamento das questões econômicas.
            A análise da situação pessoal e familiar tem como objetivo a tomada de decisões a respeito de como conduziremos nossa vida financeira ao longo dos próximos meses ou anos, ou seja, entendendo que o país passa por um momento especial, devemos estabelecer estratégias que nos permitam sobreviver melhor. Há resultados que não temos como evitar, pois decorrem das movimentações da macroeconomia, mas há outros que estão em nossas mãos e podem ser controlados, pois refletem as escolhas que fazemos.
            Entre outros critérios que podem ser adotados, está o de medir se aquilo de que “precisamos” é necessário ou supérfluo, contudo é importantíssimo esmiuçarmos esses conceitos para que nossa avaliação seja eficiente.
            A princípio, podemos dizer que necessário é tudo aquilo que não pode esperar e supérfluo é aquilo que não faz falta de modo imediato, mas não podemos tomar esses conceitos de modo estático, ao contrário, o necessário e o supérfluo são relativos e flexíveis e precisam levar em conta a condição financeira de cada família, afinal, algo necessário poderá tornar-se supérfluo se há outra prioridade ou se não há recurso disponível para sua garantia.
            Uma armadilha que se deve evitar é a de misturar o acessório ao essencial, tornando ambos necessários. O acessório acompanha, agrega valor, pode gerar mais conforto e status, mas se não podemos pagar por ele, torna-se supérfluo. Uma família pode ter necessidade de um carro e até se sacrificar um pouco para comprá-lo, mas precisará refletir qual valor pode investir neste bem! Se investe valor superior ao que pode em função da marca, modelo, potência, acessórios etc... estes elementos podem ser supérfluos, embora o carro em si seja necessário.
            O aparelho de celular pode ser necessário... a marca ou o modelo de última geração podem ser supérfluos; a roupa é necessária... a etiqueta pode ser supérflua; a viagem de férias com a família pode ser necessária... o destino, a acomodação, a quantidade que se gastará... podem ser supérfluos. Quem desrespeita essa lógica corre o risco de ter com fartura o que é supérfluo e de enfrentar a falta do necessário.
            Por fim, duas indicações: cuidado com as compras parceladas, pois as parcelas constituem um passivo dramático na somatória das despesas mensais e escondem juros muitas vezes exorbitantes. A segunda é saber conviver com a poupança, ou seja, se sobrar algum dinheiro guardar para alguma eventualidade ou emergência.

            Faça uma autocrítica e tenha coragem de tomar as decisões necessárias para que sua vida financeira seja saudável, assim você contribuirá com sua parte para a economia do país e não sofrerá além do razoável com a crise. 

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