Os bons sentimentos fazem bem à saúde. Os maus sentimentos
adoecem o corpo e mantém a alma aborrecida e sem brilho. Ser atingido por bons
ou maus sentimentos nem sempre depende de cada pessoa, mas escolher quais
sentimentos serão alimentados passa, em grande parte, pela decisão diária de
cada pessoa.
As conexões entre corpo e mente estão cada vez mais
evidentes. Os estudos demonstram que pessoas que cultivam sentimentos ruins,
além de viverem amargurados emocionalmente, desenvolvem as famosas doenças
psicossomáticas, ou seja, manifestam no corpo as dores que brotam na alma
(psique, em grego!). Uma mente amordaçada pelo cultivo de sentimentos ruins faz
emanar de si diversos sinais e sintomas doentios; bombardeia o corpo.
O cultivo dos sentimentos ruins ocorre quando se deixa
crescer dentro de si o ódio, a vingança, a vontade se dar bem a todo custo;
quando se dá vazão ao desejo de que as coisas deem errado para alguém; quando se
apega a razões demais para justificar que não vale a pena perdoar quem errou;
quando se fecha para o fato de que as pessoas tem o legítimo direito de
pensarem e viverem como preferirem. Os maus sentimentos se apossam das pessoas,
trasvestidos de segurança, mas minam as forças e geram mais desgastes que
benefícios.
As pessoas que cultivam sentimentos ruins não se dão
conta, muitas vezes, de que o fazem, ao contrário, olham a vida de uma forma
segura e decidida, certos de que não há outra forma de viver. Os maus
sentimentos hipnotizam as pessoas e suga a vitalidade e a alegria de viver;
impedem que o tempo com as pessoas amadas seja melhor aproveitado; fecham as
janelas da esperança e asfixiam suas vítimas nos palácios frios de uma
racionalidade inumana.
Os bons sentimentos fazem bem à saúde. Geram nas pessoas a
“gostosa mania de ter fé na vida”; promovem o otimismo e a resiliência. Tornam
a vida mais leve, pois criam a convicção de que se pode ser feliz sem culpa.
Cultivar emoções boas é optar por colher o melhor da vida, mesmo quando este
melhor vem misturado com coisas que não prestam.
O autor Rubem Alves disse certa vez que “há pessoas que
choram porque as rosas tem espinhos e há outras que dão gargalhadas por que os
espinhos tem rosas”. Quando vemos uma rosa podemos escolher onde vamos focar
nosso olhar e onde vamos manter nossas mãos. Se por acaso pegarmos no espinho é
sinal de inteligência soltá-lo o mais rápido que pudermos para machucar menos e
assim podermos curtir a beleza do perfume que a rosa tem. O perfume não é menor
nem menos impactante porque há espinho perto dele.
Que tal se aventurar a dar mais atenção às coisas boas e
menos atenção às coisas ruins. Quem pode escolher o melhor e não o faz está
perdendo tempo!
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