Direitos Humanos é o nome dado
ao conjunto de direitos reconhecidos às pessoas, pelo simples fato de serem
humanas. Todo e qualquer direito que defende ou garante a preservação da
humanidade que habita em cada pessoa humana é direito humano.
É fundamental desfazer os
equívocos que associam direitos humanos, exclusivamente, a direito de pessoas
que se encontram em condição de reclusão ou que tenham cometido alguma
delinqüência: é falta de conhecimento
dizer que os direitos humanos são direitos de bandidos! É
irresponsabilidade usar a comoção ou o desespero popular para desmerecer os direitos
humanos como se tais diretos fossem a causa da violência e das desgraças
sociais.
A preocupação com os direitos
humanos, institucionaliza internacionalmente, após as atrocidades da segunda
guerra mundial e visam proteger a humanidade de discursos falsos e eloquentes
que, naquela época e ainda hoje, servem de fundamento para práticas
injustificáveis, humana e juridicamente.
A sociedade precisa saber que
inúmeras situações práticas da vida estão protegidas por normas que fazem parte
do rol de direitos humanos: o direito de ir e vir com liberdade e sem ser, por
isso, considerado suspeito; o direito de manifestar sua opinião da forma como
desejar, inclusive nas redes sociais; o direito de escolher uma religião ou
mesmo de escolher não ter religião alguma; o direito de não ser considerado
culpado antes de uma sentença penal condenatória que não caiba mais recurso...
são direitos humanos.
O direito de ser tratado como
gente, em qualquer condição, não pode ficar submetido a discursos políticos
oportunistas que se alimentam da falta de conhecimento e da sensibilidade das
pessoas. O Estado não pode ter legitimidade, como de fato não tem, para determinar
que alguém não precisa mais ser tratado como gente e, mais: alguém não deixa de
ser gente porque agiu cruel e covardemente, portanto, o direito de penalizar é
constitucionalmente previsto, mas é equivocado e mal intencionado todo e
qualquer discurso segundo o qual, a pessoa perde a humanidade porque foi
desumana com outra. Isso é institucionalização da covardia!
O cuidado precisa ser maior, pois,
os discursos midiáticos, que atentam contra a validade dos direitos humanos,
são desonestos quando deixam de alertar seus destinatários que eles serão,
fatalmente, vítimas das ações que ignoraram a validade dos direitos humanos. As
pessoas não são avisadas que serão, elas mesmas ou suas famílias, a qualquer
momento, destinatárias dos discursos e práticas que desrespeitam os direitos
humanos. É como um prédio grande. Se for derrubada a coluna que, numa situação
concreta defende um presidiário, daqui a pouco o prédio todo dos direitos
humanos vai cair e, há neste prédio, muita coisa considerada como valor para a
sociedade, como já dito acima.
Se comissões parlamentares
(aquelas formadas por vereadores, deputados etc.) só aparecem na mídia quando
os direitos de presidiários estão sendo agredidos; se tais comissões querem
apenas aparecer na mídia para ganhar voto; se são incompetentes e
aproveitadores, talvez parasitas, o problema não está nos direitos humanos.
Acordemos!
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