No
campo da política a novidade sempre atrai e seduz. A expectativa de que algo de
melhor possa acontecer é sempre real e desejada. Alguns políticos se valem
desse desejo e terminam por manipular as pessoas. É preciso ficar atento para
não levar o velho transvestido de novo ou pior: o conservadorismo disfarçado de
inovação; o repetitivo envolto em nova embalagem; a mesmice transmitida com
palavras que fazem bem aos ouvidos e mal à vida.
O
mais comum é que os políticos que disputarão as eleições neste ano de 2018
tragam consigo propostas aparentemente inovadoras e discursos que traduzem uma
aparente possibilidade de transformar a realidade; quase impossível imaginarmos
um político dizendo que fará no próximo mandato as mesmas coisas que fez nos
mandatos anteriores, ao contrário, prometerão que salvarão a pátria e
resolverão os problemas de toda a sociedade além, é claro, de se
autoproclamarem inocentes e de acusarem os adversários atuais de terem
desgraçado o país.
O
eleitor precisa ficar mais esperto. O cidadão precisa deixar de ser bobo (com o
perdão da grosseria!) e parar de cair em historinhas sem fundamento. Esta no
momento certo para lembramos que a maioria da classe política brasileira atual
encontra-se envolvida em escândalos de corrupção; muitos estão respondendo a
processos e outros tantos se encontram condenados pela Justiça. Não é possível
que votemos em gente que responde a processo por envolvimento em corrução ou
que esteve (ou está!) enrolado em esquemas de desmanche do Estado e desrespeito
aos direitos das pessoas, especialmente dos pobres e trabalhadores. Não importa
de qual partido político seja o candidato: se está enrolado, não merece nossa
confiança, pelo menos até que prove sua inocência.
É
preciso também muita atenção com aquele candidato que é oportunista; que
aproveita do momento de desespero da sociedade para falar o que as pessoas
querem ouvir. Se uma pessoa exerce cargo político há vários mandatos e nunca se
destacou em defesa dos interesses da sociedade e/ou jamais foi visto como alguém
que lutasse contra os esquemas de corrução, não dá para acreditar que seja
diferente (farinha que vive no mesmo saco da outra farinha é farinha do mesmo
saco!), logo, até que se prove o contrário, esse tipo de pessoa, de alguma
forma, é coparticipante daquilo que estão fazendo com o Brasil.
Votar
em alguém é assinar uma procuração, ou seja, é conceder a alguém poderes para
nos representar nos espaços de decisão; de defender nossos interesses em temas
que dizem respeito à nossa vida. Se a pessoa que recebeu a procuração não nos
representa de modo digno, honesto e respeitoso; se a pessoa eleita não é fiel
ao que precisamos e queremos, é sinal de inteligência não renovar a procuração.
A
renovação é fundamental para a democracia. A alternância no poder é fundamento
de uma sociedade respeitosa e equilibrada. Procuremos pessoas e propostas
realmente novas. Rejeitemos o velho disfarçado de novo, o lobo em pele de
cordeiro. Façamos de nosso voto uma declaração de que queremos pessoas e
propostas que nos representem de verdade. Sua vontade é sagrada não a entregue
a usurpadores.
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