23 maio 2023

Violência: uma inclinação pré-social e não inteligente!

Tudo bem com você?

Thomas Hobbes, filósofo inglês do século XVI-XVII, defendeu, que o ser humano em estado de natureza, isto é, sem os controles que a vida social impõe, é mau, egoísta, individualista e, portanto, violento quando precisa defender seus interesses ou satisfazer seus desejos e necessidades. Para este filósofo contratualista a violência é contida quando há a celebração de um pacto social entre os indivíduos e quando se cria um Estado com poder para enquadrar, no ambiente coletivo, as vontades individuais.

Tratando apenas da primeira parte da teoria – daquela que concerne ao pacto social – os indivíduos combinam entre si que imporão limites para suas vontades originárias, ou seja, viverão em um tecido social aceitando que não podem invadir o espaço do outro; que não podem atentar contra a integridade física e a vida do outro; que não podem, enfim, fazer qualquer coisa que desrespeite o semelhante. Pactuam limites para a liberdade.

No ambiente social, no qual valem as regras do pacto, ninguém tem o direito de agir violentamente para conseguir o que quer; ninguém pode se valer da brutalidade para conformar a vontade de outra pessoa ou da sociedade a seu querer ou a seu modo de pensar, agir ou sentir. Os indivíduos estão subordinados a regras que são maiores que suas vontades individuais e precisam se esforçar para manter isso a fim de viverem em paz: um dos principais ganhos que a celebração do pacto oferece em contrapartida ao cerceamento da liberdade plena do estado de natureza.

Quando se opta pela barbárie, produz-se os efeitos contrários à paz: medo e insegurança – sensações típicas do estado de natureza. As ações hostis, ao invés de promoverem a evolução e o aperfeiçoamento, levam ao retrocesso. Implicam desumanização e criam clima de pavor e hesitação.

A vida social não é gratuita, ao contrário, cobra um alto preço dos indivíduos, mas a inteligência deixa claro que é sempre mais benéfica que a caótica experiência do estado de natureza. Em outras palavras: é sinal de inteligência e sabedoria pagar o preço pelo cumprimento das regras que garantem a estabilidade da vida civilizada; é ruim optar pela violência como estratégia que garante a sobreposição da vontade de um (ou de alguns!) sobre os demais.

Por fim, é bom deixar claro: a quebra das regras do pacto social só interessa (na improvável hipótese de interessar a alguém!) a quem tem força, pois o forte tem maior chance de levar vantagem quando se ignoram os limites do contrato. A parte mais frágil, que apoia ou estimula a inobservância das regras do jogo, é obtusa ou está sendo usada como fantoche. Algumas dicas:

- Desconfie de quem incita ou estimula a violência: verifique se é alguém forte, que levará vantagem; se é alguém tolo, que não entendeu as regras do jogo; se é alguém marionete, que segue manobrado por outros.

- Lembre-se: violência gera violência. A escolha por atos de violência leva à criação de uma rede cada vez mais violenta. É isso mesmo que você deseja para si e para a sociedade?

- A liberdade de cada pessoa termina onde começa a liberdade da outra pessoa. O respeito à liberdade não deve valer apenas enquanto tudo está de acordo comigo, mas deve valer também quando as coisas estão diferentes de minha forma de pensar.

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